Greve dos bancários chega ao 16º dia sem acordo de reajuste




A greve dos bancários completou 16 dias nesta quarta-feira (21) sem qualquer acordo entre trabalhadores e os bancos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que decidiu pela continuidade da paralisação.
Segundo balanço da entidade, a greve fechou mais da metade das agências do país até o momento. De acordo com dados do comando dos grevistas, 13.398 agências e 40 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa cerca de 57% dos locais de trabalho.
A classe pede reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real, entre outras reivindicações.



Acre
Ao menos 60% dos quase 1,1 mil bancários do Acre aderiram à greve, segundo o presidente do  Sindicato dos Bancários do Estado do Acre (Seeb-AC), Edmar Batistela. No estado, 49 agências estão fechadas.

Alagoas
O último levantamento da entidade registra 217 das 243 unidades fechadas. Em Maceió, o sindicato informou que a greve atinge todas as 88 agências. Os trabalhadores e o bancos ainda não chegaram a um acordo sobre as reivindicações (veja como pagar contas durante a greve).
Amapá
No Amapá, há 28 agências bancárias que paralisaram as atividades, segundo informou o sindicato da região. Por conta da greve, serviços como saques e depósitos ficaram reduzidos e clientes reclamam que o atendimento está menos eficiente.
Amazonas
A greve completa 14 dias com adesão de cerca de 80% das agências bancárias em Manaus. O balanço foi divulgado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Amazonas (Seeb-AM). A estimativa da entidade é que 1.700 bancários interromperam as atividades na capital e no interior do estado.
Bahia
Na Bahia, há cerca de 1.000 agências fechadas, de acordo com o sindicato dos bancários. A paralisação começou no dia 6 de setembro e, segundo o sindicato, ainda não tem previsão de término devido à falta de acordo com os bancos.
Ceará
Fortaleza tem 196 agências afetadas, de um total de 259. O número implica em 75,6% do geral na capital cearense. Em todo o estado, 419 das 562 agências tiveram impacto, ou seja, 74,5% do total no Ceará. Para o sindicato da categoria, é o maior número de agências fechadas já registrado em greves da categoria.
Já no interior do estado, a greve atinge 223 das 303 agências - que representa 73,5%. "É a maior greve dos últimos 25 anos. Chegamos a 419 agências, a gente nunca conseguiu isso. É um desrespeito muito grande com a população. Apesar dos lucros bilionários dos bancos e da tentativa de impor perda salarial para os bancários, essa é a resposta da categoria", critica o presidente do sindicato no Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
Distrito Federal
O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal informou nesta terça-feira que as negociações "voltaram à estaca zero". Com a manutenção da greve, 83% das agências de Brasília seguem paralisadas, segundo balanço.
Espírito Santo
A greve dos bancários chega ao 15º dia em vários estados do pais e, segundo o balanço do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES) desta terça-feira (20), afeta 341 agências do Espírito Santo, o que representa 74% do total.
Os clientes reclamam que enfrentam a falta de envelope e dificuldades para pagar faturas. Algumas pessoas estão com problemas para sacar dinheiro e, consequentemente, acumulam dívidas.
Goiás
A greve dos bancários segue sem previsão de acordo em Goiás. Os funcionários recusaram as propostas feitas pelas instituições financeiras por considerar os reajustes oferecidos inferiores ao que a categoria deseja. Enquanto o impasse continua, alguns serviços não estão sendo feitos.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, a paralisação é crescente e cerca de 75% das 755 agências espalhadas pelo estado estão fechadas. Apenas serviços de compensação eletrônica e caixas eletrônicos estão funcionando. Já serviços personalizados estão paralisados.
Maranhão
Desde o início da greve dos bancários, no dia 6 de setembro, já se passaram duas semanas de paralisação em São Luís.
O presidente do Sindicatos dos Bancários (SEEB-MA), Eloy Natan, informou que a categoria permanecerá em greve até que seja apresentada uma proposta convincente. "Os banqueiros propuseram reajuste de 7%, além de um abono de R$ 3.300,00, mas a categoria não aceitou. Continuamos com a greve, realizando diariamente manifestações em frente à agências bancárias e assembleias para oranizar o movimento grevista", declarou.
Mato Grosso
A greve dos bancários completa duas semanas sem previsão de terminar. Conforme dados divulgados nessa segunda-feira pelo sindicato da categoria em Mato Grosso (Seeb-MT), mais de 270 agências estão fechadas em mais de 100 municípios no estado.
Mato Grosso do Sul
No Mato Grosso do Sul, 86% das agências estão fechadas, segundo informou o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região. Das 160 agências, 138 estão sem atendimento ao público. A categoria promete um protesto nesta tarde pelas ruas do Centro para demonstrar a indignação com as negociações da Fenaban.
Minas Gerais
A greve dos bancários atinge 72% das agências em Belo Horizonte e outras 54 cidades de Minas Gerais, de acordo com a representação dos trabalhadores nas localidades. Último balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região informa que 542 das 753 agências estavam fechadas até esta segunda-feira (19). O número de trabalhadores parados não foi divulgado.
No Norte de Minas, mais nove agências bancárias aderiram ao movimento. Ao todo, são 81 unidades com atendimentos paralisados em 69 cidades da região. Com a interrupção dos serviços bancários, as casas lotéricas e agências dos Correios estão cheias, por causa do crescimento da demanda de clientes.
A greve dos bancários já atingiu 70 agências em 45 municípios do Leste de Minas Gerais, segundo o levantamento dos sindicatos da região. Com grande parte dos bancos fechados, o número de atendimentos feitos em casas lotéricas e Correios aumentaram significamente.
Cerca de 60 servidores de variadas agências bancárias de Uberlândia fizeram uma manifestação no Centro da cidade, na manhã desta terça-feira (20). Entre as principais reivindicações, o grupo pede reajuste salarial para a categoria e melhorias nos atendimentos.
O movimento denominado “bananaço” foi realizado no hipercentro de Uberlândia, região onde estão instaladas várias agências. Os manifestantes se reuniram na Praça Professor Jacy de Assis, em frente ao Fórum de Uberlândia, e entregaram bananas nas portas dos bancos em sinal de protesto.
Pará
A greve dos bancários em Santarém, no oeste do Pará que começou no dia 6 de setembro acompanhando a paralisação nacional completa 15 dias nesta terça-feira, sem avanços nas negociações. No município, todas as 14 agências bancárias aderiram ao movimento para exigir reajuste de 14,7%.
Paraíba
O Procon de João Pessoa ajustou com os bancos que todos os serviços do caixa eletrônico ficassem disponíveis para os clientes. No entanto, o órgão precisou entrar com um pedido de liminar na Justiça para que o Banco do Brasil fosse obrigado a fornecer serviços como depósitos, transferências e saques.
Paraná
A greve dos bancários no Paraná, que começou no dia 6 de setembro, completa 15 dias nesta terça-feira (20) sem avanço nas negociações. Nestas duas semanas, 791 agências e dez centros administrativos fecharam em todo o estado e mais de 19 mil trabalhadores estão de braços cruzados para exigir a reposição da inflação e mais 5% de aumento real nos salários.
Pernambuco
Após duas semanas de greve, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco organiza um protesto, na manhã desta terça-feira (20), em frente a uma agência do Bradesco, na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O grupo está no local desde as 9h30, levantando faixas e cartazes. Segundo a categoria, a paralisação atinge de 90% a 95% das unidades da Região Metropolitana.
A greve afeta mais de 70% das agências de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A informação é do Sindicado dos Bancários do município.
Piauí
A greve dos bancários continua em todo o país, chegando ao 14º dia de paralisação e sem data marcada para nova rodada de negociação. Em Teresina, com o mínimo de funcionamento de 30% das agências bancárias, longas filas se formam nos espaços de autoatendimento, assim como nas lotéricas e correspondentes bancários.
Rio de Janeiro
A greve dos bancários segue com adesão de 100% nas 58 agências da Região dos Lagos do Rio, segundo o sindicato que representa a categoria. De acordo com o representante da entidade, Suez Santiago, a paralisação está longe do fim por não haver nenhuma negociação prevista.
Das 60 agências do Norte Fluminense, 45 estão fechadas; mesmo número do início da greve, no dia 6 de setembro. De acordo com o sindicato, a adesão em Campos dos Goytacazes e São João da Barra, que têm 45 agências, ainda é de 100%. O movimento, que é por tempo interderminado, também abrange agências em Aperibé, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana.
Em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, o sistema de rodízio é mantido nas 37 agências. Nesta terça-feira (20), Santander e HSBC não abrem, além do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Em Friburgo e Teresópolis as agências continuam fechadas com atendimento apenas pelos caixas eletrônicos e serviços essenciais. Em Petrópolis, apenas o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal mantêm as portas fechadas durante todo o período da greve.
Rio Grande do Norte
A greve dos bancários completa 15 dias nesta terça no Rio Grande do Norte com cerca de 70% das agências fechadas, informou o Sindicato dos Bancários do RN. De acordo com o coordenador geral do sindicato no estado, Gilberto Monteiro, a estimativa é que o número de agências paradas na capital chegue a 90%. Ainda não há previsão para o fim da greve.
Rio Grande do Sul
Os bancários devem realizar uma assembleia após o feriado Farroupilha, celebrado nesta terça-feira (20) no Rio Grande do Sul, para determinar os próximo passos da greve que entra na sua terceira semana.
A assembleia será  realizada na quarta-feira (21) como forma de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para voltar à mesa de negociação que é conduzida em São Paulo, conforme afirma a categoria.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), 973 agências ficaram fechadas no Rio Grande do Sul, sendo que 13.071 não abriram as porta em todo o país.
Roraima
A greve dos bancários chega ao 12º dia nesta quarta-feira (20) com 100% das agências fechadas em Roraima, segundo informou o Sindicato dos Bancários. A paralisação, que ocorre desde o dia 8, atinge bancos públicos e privados nos 15 municípios do estado.
Rondônia
De acordo com o Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (Seeb-RO), das 130 agências espalhadas pelo estado, 115 seguem fechadas e 90% dos funcionários estão com as atividades paralisadas.
Santa Catarina
Em Santa Catarina, as adesões de trabahadores e o fechamento de agências não param de crescer. De acordo com o sindicato dos servidores, "apesar das filas de clientes nas salas de autoatendimento, em casas lotéricas e terminais de serviços, a população tem sido compreensiva às reinvindicações dos trabalhadores".
Até agora, só na Grande Florianópolis, das 150 agências, ao menos 115 estão fechadas. Das 63 agências da região de Joinville, cerca de 42 não estão atendendo clientes. Em Araranguá, das 21 instaladas na cidade e região, 19 estão fechadas.
São Paulo
Balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região aponta que 1.002 locais de trabalho, sendo 14 centros administrativos e 988 agências fecharam nesta terça-feira. Estima-se que mais de 35 mil trabalhadores participaram das paralisações.
A greve dos bancários completa duas semanas nesta terça-feira (20) com 364 agências fechadas no Vale do Paraíba e região bragantina.
Na região de São José dos Campos, que abrange o maior número de funcionários, 179 das 184 agências amanheceram fechadas. De acordo com o sindicato dos bancários, mais de 2,8 mil trabalhadores aderiram ao protesto, representando 97% do total.
Na sede em Taubaté, 85 das 86 agências permanecem fechadas. Em Guaratinguetá, 654 funcionários de 53 agências também aderiram a paralisação. Já em Bragança Paulista, foram interrompidos os serviços em 47 das 54 unidades bancárias.
A greve dos bancários entrou na terceira semana na região de Itapetininga nesta terça-feira (20). Na cidade, são 12 agências e postos de atendimentos fechados. Em Avaré (SP), as 10 unidades da cidade permanecem com os serviços paralisados. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, não há previsão para novas reuniões e propostas pelo fim interrupção, iniciada em 6 de setembro.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de São Carlos, Lauriberto Viganon, 15 unidades estão fechadas. As outras estão funcionando com o expediente reduzido, com abertura a partir das 14h, e não há previsão de normalização do atendimento.
Já em Araraquara, o sindicato das categoria afirma que todas as agências continuam fechadas.
A greve dos bancários entrou na terceira semana e agências bancárias de cidades da região de Sorocaba e Jundiaí (SP) continuam fechadas. Após 15 dias de paralisação, 93 dos 120 bancos de Jundiaí aderiram ao movimento. Já em Sorocaba, são 237 agências que não fazem atendimento ao público.
A paralisação dos bancários aumentou sua adesão entre os trabalhadores da região Centro-Oeste Paulista. Em Bauru (SP), cerca de 80% das agências aderiram à greve e, segundo o sindicato da categoria, a previsão é atingir o patamar de 90%. Já na região são aproximadamente 150 unidades paralisadas. De acordo com Priscila Rodrigues, diretora do sindicato, a adesão na região é forte e em algumas cidades a paralisação é total.
No Alto Tietê, muitas agências estão paralisadas, de acordo com o Sindicato dos Bancários. A diretora de imprensa do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e região, que abrange ainda Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis, Regina Cardoso de Siqueira, estima que 55 agências estão paradas na região da entidade. “A greve está forte no Alto Tietê e continua porque não tem negociação.”
Sergipe
Bancários se concentraram nesta terça-feira na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju. Na capital, a greve atinge 174 agências e postos de atendimento em Sergipe.
Tocantins
A falta de atendimento e abastecimento dos caixas eletrônicos tem prejudicado os comerciantes e usuários. No Tocantins, 142 agências estão fechadas, de um total de 158.
Negociação
Segundo a Contraf, os bancos reapresentaram a proposta que já haviam feito na reunião de terça-feira (13), que terminou sem acordo. Na sexta-feira (9), os bancários já haviam recusado a outra proposta da Fenaban. A greve teve início na terça-feira passada (6).
A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que "o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa".
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.



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